Aniversário Armani

A fórmula parece simples, depois de criada, usada e aprovada.
Mas precisou a genialidade desse mestre de pele invariavelmente bronzeada, e hoje com cabelos brancos, para mostrar que o paletó do homem poderia ser desconstruído e reconstruído de forma mais suavizada, mas não menos masculina, com o lançamento da primeira coleção com seu nome, em 1974.

Giorgio Armani

De lá para cá, Armani influenciou várias grifes masculinas, que até hoje mantêm o estilo elegante e moderno de fazer roupas. O estilista liderou, sem levantar bandeiras, o movimento de colocar o conceito de luxo no prêt-à-porter italiano, cuja excelência em tecelagem era mais do que reconhecida. Ou seja, uma peça simples e elegante, mas feita de forma absolutamente refinada e com os fundamentos da boa alfaiataria.

Todo o trabalhado desenvolvido em cima da vestimenta masculina foi transportado para o vestuário feminino. E não dá para falar de anos 1980, por exemplo, sem lembrar dos tailleurs criados por Armani, com suas ombreiras, corte e tecidos tipicamente masculinos usados pelas mulheres.

Estilo? Ou quase um uniforme. Copiado pelo resto do mundo.

Se Yves Saint Laurent já havia criado o smoking feminino em 1966, Armani foi o pai da mulher forte e executiva, que conquistava o mercado de trabalho entre o fim dos anos 1970 e com mais força na década seguinte e nas outras. A vida das empresas e o universo do trabalho estavam intimamente ligados à vida pessoal de todos que quisessem ter sucesso.

E, para as mulheres, nada como uma roupa forte, prática e dinâmica para ganhar espaço num universo dominado pelos homens. Todos os conceitos da roupa masculina/feminina estavam lá. E mantêm-se até hoje. Paletós, calças e camisas nunca mais abandonaram o guarda-roupa do sexo frágil. Basta ver os últimos desfiles de moda, inclusive os de alta-costura que terminaram na última semana em Paris.

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